
Em entrevista ontem ao programa Correio Debate, da TV Correio, Catão
afirmou a Corte de Contas não é contra e nem vai proibir nenhum gestor
público a promover festas de São João, que é um evento tradicional no
Estado, mas estar orientando a todos que respeitem os princípios da
administração pública, e não extrapolem os gastos.
De acordo com Fernando Catão, o papel do TCE, neste momento, em que
vários municípios paraibanos estão decretando estado de calamidade
pública devida à seca e por falta de água, é realizar uma ação proativa,
antecipatória, como forma de coibir prejuízos e evitar eventuais abusos
de recursos públicos para custeio dos festejos.
“O TCE não quer de forma nenhuma entrar no poder discricionário do
prefeito, impedindo que se realize o evento. Muito pelo contrário,
queremos que eles façam, por se tratar de uma festa cultural, que faz
parte de nossa tradição, mas que seja feita com razoabilidade,
respeitando os limites financeiros disponíveis para os gastos”, comentou
Catão.
O presidente do TCE enfatizou, ainda, que não tem sentido que em
plena crise, onde vários municípios já decretaram estado de calamidade
pública, por falta de água, chegar em um município e encontrar a
população sedenta, porque a prefeitura não teve recursos de pagar um
carro-pipa, mas possuir condições para contratado um artista com o cachê
alto.
O presidente revelou que para montar o sistema especial de
acompanhamento das despesas com os festejos juninos, conheceu sistemas
adotados por Tribunais de outros Estados para a fiscalização de eventos
como o Carnaval Carioca, o Oktuber Fest, entre outros. “Não é uma coisa
fácil, mas há mecanismos eficazes utilizados neste sentido e já passamos
a adotá-los para o acompanhamento das despesas com o São João nos
municípios paraibanos”, revelou.
Fonte: Jornal Correio da Paraíba
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