quinta-feira, 12 de abril de 2012

Flamengo vence, mas é eliminado com direito a drama



Time derrotou o Lanús por 3 a 0, chegou a vibrar após apito final, mas virada do Emelec nos acréscimos acabou com o sonho do Fla

Wellinton comemora gol do Flamengo contra o
Lanús (
Foto: AP)

O Flamengo teve ótima atuação no Engenhão na noite desta quinta-feira. Tarde demais. Sem depender apenas de si para seguir na Libertadores, o time passeou diante do Lanús, da Argentina, e venceu sem dificuldades por 3 a 0, com três assistências de Ronaldinho Gaúcho. Porém, no Paraguai, o Emelec e bateu o Olimpia por 3 a 2, em virada nos acréscimos, e, com isso, ficou com a vaga.

"Não dá para acreditar", desesperou-se Deivid ao deixar o gramado. "Poxa, o Olimpia tinha empatado", fez coro Leonardo Moura.


O Flamengo perdeu a vaga ao ceder o empate para o Olimpia no Engenhão, após estar vencendo por 3 a 0. Nesta quinta, foi a vez dos paraguaios vacilarem. Com a vantagem de jogar em casa, o Olimpia tomou a virada no fim para o Emelec e assim como o Fla, ficou de fora das oitavas de final da Libertadores.

O público no Engenhão foi pequeno (pouco mais de 15 mil presentes), mas animado, levou faixas pedindo luta, camisas falando em milagre, e, no final, acabou aplaudindo a equipe que deixa a competição na fase de grupos pela terceira vez na sua história. O próximo compromisso é no domingo, contra o Americano, pelo Estadual.
O jogo
O Flamengo começou tentando mostrar garra e partir para cima, mas de forma desordenada. Sem velocidade na saída de bola, o Lanús tinha facilidade para marcar. Com Willians tentando lançamentos e Ronaldinho Gaúcho e Vagner Love cercados de defensores, o time carioca precisava vencer, mas tropeçava nos próprios erros. O primeiro lance de perigo foi aos 9min, quando Deivid tentou cortar uma bola alçada na área em cobrança de falta e furou de forma bisonha, mas, no fim, apenas escanteio que não trouxe maiores problemas.

Na sequência, o Flamengo conseguiu levar o perigo para o outro lado. Ronaldinho achou Vagner Love na direita e ele bateu cruzado, mas para fora. Pouco interessado em vencer, já que o empate garantia a classificação em primeiro lugar do grupo, o Lanús atacava com poucos jogadores e ainda assim dava trabalho que o Flamengo, precisando do resultado, nçao conseguia dar. Com o time argentino bem postado, os cariocas não conseguiam surpreender e ofereciam generosos contra-ataques.
Aos 17min, porém, Ronaldinho Gaúcho cobrou escanteio com perfeição e Welinton apareceu na segunda trave, em bola que parecia sem ângulo para finalização, e abriu o placar: 1 a 0. Aos 20min, Pizarro recebeu na esquerda, cortou para o meio e finalizou, mas pela linha de fundo. Dois minutos depois, boa tabela entre Deivid e Vagner Love, que soltou uma bomba da entrada da área, mas sem direção. Aos 27 minutos, uma bola sem dono sobrou nos pés de Valeri, que fuzilou para grande defesa de Felipe.

Foto: AE

Luis Antônio comemora o terceiro gol do Fla, mas de nada adiantou para os cariocas avançarem
Em falta cobrada aos 36min, Ronaldinho Gaúcho jogou na barreira, a bola acabou nos pés de Vagner Love que tentou um voleio, mas mandou por cima do gol. Aos 41 minutos, belo passe do camisa 10 para Deivid, que finalizou cruzado, com força e ampliou a vantagem. Fim do primeiro tempo e logo nos primeiros minutos de intervalo o sistema de som do Engenhão anunciou gol do Olimpia sobre o Emelec no Paraguai, o que acabava, naquele momento, com as chances de o Flamengo ir para as oitava de final.
Logo aos 4min do segundo tempo, Ronaldinho fez linda jogada pela esquerda, driblou o marcador e cruzou na medida para Luiz Antonio finalizar de primeira: 3 a 0. Curiosamente, depois do gol, a torcida, em vez do nome de quem balançou as redes, gritou o nome do camisa 10, que deu passes para os três gols da equipe. Aos 15min, boa bola de Valeri para Pavone, que finalizou para defesa de Felipe.
Aos 23 minutos do segundo tempo, outro gol. Não no Rio, mas no Paraguai. A torcida no Engenhão vibrou quando o Emelec empatou a partida no Defensores del Chaco, passando a dar a vaga para os cariocas. Ronaldinho Gaúcho olhava para arquibancada tentando entender o que havia acontecido com a euforia na arquibancada, até que o telão anunciou oficialmente: a disputa continuava de pé.


A esta altura, o Flamengo procurava tocar a bola e atacar apenas em erros do Lanús que, por sua vez, classificado, praticamente só trazia algum perigo em jogadas de bola parada, sem mostrar ímpeto de mudar o resultado. Deivid, bastante aplaudido pela torcida, teve boa chance aos 35min, em chute cruzado que parou na zaga.
O Flamengo ainda tentou atacar, mas já sem a mesma consistência, vendo um adversário conformado com a derrota. A tensão maior era o jogo no Paraguai. E tinha motivo. Quando o relógio marcava 44 minutos do segundo tempo, gol do Emelec e o que parecia ser o fim das pretensões rubro-negras na Libertadores.
Silêncio no Engenhão. No apito final, a equipe saiu sob palmas. A torcida, contudo, não se moveu. Os jogadores continuaram no gramado. A esperança se renovou quando foram dados cinco minutos de acréscimos no jogo no Paraguai. Gol do Olimpia e euforia dos jogadores em campo, onde Vagner Love pulava sozinho. O que parecia tragédia, havia se tranformado em uma noite inesquecível para a torcida rubro-negra. Mas, em segundos, a tristeza voltou a tomar conta do Engenhão. O Emelec fez o terceiro gol e carimbou o passaporte para as oitavas de final. Para o Flamengo, restou lamentar.

Portal IG

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